Olá,
Gostaria de apresentar a vocês meu trabalho feito para a conclusão de curso de Doula Pós-parto realizado no Amigas do Parto, coordenado pela psicóloga Adriana Tanese.
Boa leitura!
Beijos,
A chegada em casa com um bebê traz tantas tarefas e emoções que mal dá tempo de pensar sobre os sentimento em relação ao parto. Na verdade estão todos ali, misturados com os hormônios, com as noites mal dormidas e o cansaço, mas não há tempo para refletir conscientemente sobre o que se passou.
Juliana Sell
Psicóloga, Gestalt-terapeuta, Especialização em Psicossomática e Psicoterapia de Grupo na Abordagem Gestáltica
Introdução
Em seu livro, muito sincero e emocionante, Brooke Shields relata o nascimento de sua primeira filha e a grande dor que sentiu no pós-parto. O livro, intitulado “Depois do parto, a dor”, mostra desde a batalha para engravidar, os tratamentos de fertilidade e o aborto espontâneo, a gestação tranqüila e feliz, até o parto difícil com risco de vida e, finalmente, a sensação de indiferença à própria filha. A autora relata como imaginava que seria ser mãe e não conseguia se encaixar na imagem que criou. Não sentia vontade de cuidar da menina, achava-se incapaz e insegura, o choro do bebê não evocava nela nenhuma reação de atendê-la. Chorava muito e tinha pensamentos terríveis. A amamentação era feita automaticamente, mas ela não quis desistir porque era um dos únicos momentos de relação com sua filha.
Tudo estava diferente do que ela imaginou; o amor e as alegrias de ser mãe não tinham chegado, só a culpa e a sensação de incompetência. Demorou um certo tempo para aceitar que precisava de ajuda profissional e que estava com depressão pós-parto. Recorreu a medicamentos e a uma terapeuta. Felizmente, aos poucos, foi voltando a ter energia, seus sentimentos em relação ao bebê foram se modificando e a depressão deu lugar a uma mãe amorosa e cuidadora, sem medo de passar por outra gravidez.
Num dos momentos do livro Brooke conta que contratou uma enfermeira pediátrica. Ela diz que esta mais deveria ser chamada de “enfermeira para a mamãe” (citação livro pg. 102). Nesta experiência vemos claramente o papel importante que a profissional teve na aprendizagem da mãe, nos cuidados maternais de higiene, alimentação e carinho com a mãe, com sua escuta sem julgamento e apoio emocional.
Vou basear minhas reflexões sobre esta profissional, a enfermeira pediátrica, desenvolvendo teoricamente as ações que ela teve, ou que poderia ter tido se contratada antes, e os conhecimentos que supostamente utilizou para prestar apoio e orientações à atriz. No livro, se tratava de uma enfermeira, mas trago esta experiência para a realidade do trabalho da doula pós-parto.
Elaboração do parto
A chegada em casa com um bebê traz tantas tarefas e emoções que mal dá tempo de pensar sobre os sentimento em relação ao parto. Na verdade estão todos ali, misturados com os hormônios, com as noites mal dormidas e o cansaço, mas não há tempo para refletir conscientemente sobre o que se passou.
Na história de Brooke, ela teve um parto bem difícil, foram 24 horas de contrações, de ocitocina e 3 cm de dilatação. Seu sonho de ter um parto vaginal encerrou-se, assim como todas as fantasias de pegar seu bebê no colo antes de cortar o cordão umbilical e dar de mamar. Ela relata as sensações desagradáveis pelas quais passou, a sala fria, o cheiro da cauterização, os puxões para fazer a bebê sair e a dificuldade de retirá-la porque estava envolvida pelo cordão umbilical com três voltas no pescoço e no corpo. Tudo isso foi deixando-a tensa. Mas algo ainda havia de complicar, seu útero estava herniado e foi colocado para fora a fim de ser analisado pelos médicos e começou a perder muito sangue. A decisão do médico foi colocar o útero de volta e esperar 48 horas antes de decidir por uma histerectomia. Ao mesmo tempo que nascia seu bebê, a atriz temia por sua vida e pelo seu útero.
No caso da doula pós-parto, independente do tipo de parto que a mulher teve, sempre é importante conversar sobre como foi a experiência dela e ajudá-la, com sua escuta sem julgamento, na elaboração. Especificamente com a situação apresentada, a doula poderia ter sido de grande importância já nesses primeiros momentos do puerpério. A mãe estava visivelmente assustada com o parto, seja pelo fato de não ter se preparado para a opção cirúrgica, como pelas complicações que foram acontecendo. A doula pós-parto podia ter conversado com ela sobre tudo que lembrava, deixando-a falar abertamente das sensações, cheiros e medos que sentiu durante o parto. Cabe ressaltar que a diferença entre a fantasia do parto e a realidade do próprio pode deixar a mulher cheia de frustrações. Ao mesmo tempo que se ouve os relatos, a postura da doula precisa ser de acolhimento e maternagem, sem julgar ou interferir. É um momento de expressão das emoções que não tiveram a chance de serem faladas antes.
Suporte para a mãe
A atriz relata como seu pós-parto foi difícil em vários momentos, para não dizer todos. Ela saiu do hospital depois de 5 dias de internação, sentiu muita dor, estava exausta, o intestino não funcionava e mal conseguia amamentar sua filha. Junto a isso, alternavam-se nela indiferença, melancolia e tristeza, sem dar lugar à alegria de ter tido seu bebê.
Num pós-parto normal acontecem muitas mudanças físicas e emocionais, numa cesárea somam-se as dores decorrentes dos cortes internos e externos. O útero está voltando lentamente ao seu tamanho e pode-se sentir dor durante as mamadas por causa da ocitocina sendo liberada, que é também responsável pelas contrações uterinas, evitando sangramentos. A bexiga está distendida e a anestesia causa uma falta de sensibilidade nos primeiros momentos. O intestino fica “preguiçoso”, podendo passar até 7 dias sem evacuar. As mamas podem ficar doloridas pela descida do leite. Sem contar com a queda hormonal. Do ponto de vista emocional, a mulher pode sentir o peso da responsabilidade de ser mãe, a falta de experiência deixando-a assustada e sentindo-se incompetente. Sua auto-imagem pode ficar abalada (se ela der muito valor à sua aparência física), e existe ainda uma labilidade de emoções que só confundem a puérpera.
Sabendo de tudo isso, a doula pós-parto tem um papel importante Além da ajuda prática e de orientações sobre o aleitamento materno e os cuidados com o bebê - que veremos mais adiante - a doula cuida do conforto da mãe e lhe dá suporte emocional nesses primeiros dias do pós-parto. Na prática, fica atenta se a mãe está se alimentando, de preferência em intervalos pequenos e com alimentos saudáveis e nutritivos. Oferece ajuda para cuidar do bebê quando a mãe come, por exemplo, ou durante a preparação de alguma refeição. Também a lembra de hidratar-se. A doula pós-parto pode ainda ajudar a mãe na ida ao banheiro e na hora do banho, principalmente quando é o caso de cesárea quando a mulher necessita de suporte físico para levantar-se e fazer sua higiene (colocar e tirar a roupa, secagem, etc). A doula pós-parto também fica atenta na organização da casa, podendo sugerir locais de mais conforto para a mãe. É ela também que pode conversar com o companheiro sobre seu papel de proteger a mulher e evitar interferências externas, já que não é o papel da doula fazer a mediação com o resto da família. Nessa conversa, é interessante ressaltar que o homem é muito importante como continente emocional e é preciso que ele entenda um pouco sobre as reações no período puerperal a fim de que ele tenha empatia com esse momento delicado de sua mulher.
Um outro aspecto do trabalho é o suporte emocional. Numas das passagens do livro, Brooke Shields fala da sua experiência com a enfermeira pediátrica e de como esta foi uma presença calmante para ela mesma. A enfermeira ouvia os mais diversos pensamentos da atriz sem se assustar ou julgá-la, mas encorajando-a no seu papel de mãe, era carinhosa e lembrava a atriz que ela tinha de fato passado por momentos difíceis e que teria um tempo para se recuperar de tudo. No livro, a autora procurou ajuda profissional de uma terapeuta ,depois de algum tempo, quando finalmente ouviu o conselho de amigas. Num trabalho de doula no pós-parto, caberia a esta profissional perceber seu limite e encaminhar a mulher para um psicoterapeuta quando percebesse que esta precisa mais do que um apoio.
Aleitamento materno
Brooke Shields conta que o início da amamentação foi complicado. Ela tentava colocar seu bebê no seio, mas não acertava a posição. O marido tentava ajudar e isso a irritava mais. Na maternidade, uma profissional lhe disse para esquecer tudo o que tinha aprendido no curso de gestantes, porque iria orientá-la de outra forma. Em casa, ela continuou com algumas dificuldades, embora já conseguisse acertar a pega de maneira melhor. Com a enfermeira pediátrica, Brooke aprendeu maneiras de acalmar o bebê quando não conseguia mamar direito. Isso lhe deu segurança para a amamentação e de fato a bebê foi pegando o seio cada vez melhor.
A amamentação é um processo que parece natural e simples aos olhos alheios, mas nem sempre é tão fácil para quem amamenta. Muitas vezes, é necessário apoio e orientações práticas para que mãe não desista e possa sentir-se bem no ato de amamentar.
No caso relatado, a doula pós-parto poderia ter atuado desde os primeiros dias mostrado a maneira correta de posicionar o bebê e levando em conta o conforto da mulher, já que com a cesárea há ainda dificuldade das dores abdominais. A doula ajudaria a escolher um sutiã adequado, uma posição para que ombros e braços fiquem relaxados, o bebê encostado de barriga com a barriga da mãe e com a boquinha bem aberta (de peixinho) para pegar a aréola e não só o bico do seio. Ela mostraria como se faz a ordenha manual, para esvaziar um pouco os seios antes de oferecê-los ao bebê (se estiverem cheios e duros), como limpar os seios com leite materno e depois secá-los. Falaria sobre a importância de dar de mamar sempre que o bebê desejar, e exclusivamente até os 6 meses, não utilizar bicos ou mamadeiras para não confundi-lo. Conversaria a respeito de oferecer o segundo seio somente após ter esgotado o primeiro. Além disso, o fato da doula estar presente na casa e disponível para orientações e apoio, já é um fator que tranqüiliza a mãe, favorecendo o aleitamento materno.
O bebê
No livro a autora coloca que a profissional que a acompanhava lhe ensinou a interpretar os comportamentos da filha e a acalmá-la com carinhos, cuidando dela quando a mãe descansava ou tomava banho. Esta pessoa sempre agia não para substituir a mãe mas, ao contrário, aproximá-la da filha.
No caso de uma doula pós-parto, a função é semelhante. Geralmente, se orienta sobre os cuidados básicos com o bebê, ajudando a mãe a sentir segurança e a confiar nos seus próprios instintos. Assim, ela também estará preparada para ouvir os muitos palpites que virão de familiares e amigos.
Em relação ao banho, a doula ensina a fazer a higiene com água morna e fraldinha de pano até que caia o umbigo, o qual precisa ser higienizado a cada troca de fraldas com álcool a 70%, tapando os genitais com uma fraldinha ou gaze para que o produto não escorra neles. A gaze é passado sobre o coto e se tiver alguma sujeirinha é só usar um cotonete. Após a queda, se dá o banho na banheira, sempre experimentando a água com o cotovelo para verificar a temperatura. Se for preciso, iniciar colocando a água fria e ir acrescentando a quente aos poucos. Para evitar atrapalhações, é interessante separar tudo que se vai usar com o bebê antes de iniciar o banho (fraldas, roupinhas, meias, toalhas, sabonete neutro etc). No caso de fezes é melhor limpar bem os genitais antes de começar o banho. É possível que o bebê chore ao tirar a roupa, então se começa a dar o banho lavando a cabeça sem tirar a sua roupa, depois o envolve com uma fralda de pano e o deixa bem apertadinho e, segurando seu bracinho, vai colocando na banheira com carinho e conversa. Para secar pode-se usar uma fralda de pano e uma toalha envolvendo toda a criança.
A mãe sem experiência pode precisar aprender a trocar as fraldas, a fazer massagem para cólicas, a colocar para dormir nas posições seguras, a acalmar os choros e a aprender um pouco sobre a realidade de um recém-nascido. Além disso, poderá também ser informada sobre as necessidades emocionais do bebê.
Um bebê nasce após muitos meses num lugar com barulhos do batimento cardíaco da mãe, da movimentação intestinal e apertadinho, no qual em parte de seu tempo se movimenta. É por isso que, contrário do que diz muita gente, o bebê gosta de estar no colo, tendo uma continência para seus movimentos reflexos e ouvindo alguns ruídos do corpo da mãe e sua voz. De fato, ele precisa ainda sentir o acolhimento uterino. Pode haver luz do dia, mas nada forte. Seu lugar predileto é no colo de sua mãe e perto de seus seios, com o cheirinho que conhece e os sons do coração que o acompanhou nos seus nove meses.
Quanto ao choro, a doula pós-parto vai sugerir que não se deixe um bebê chorando sozinho, mas deve-se sempre procurar pegá-lo no colo e embalá-lo cantando, de forma que se sinta acolhido e seguro. Também é bom saber que mesmo com as necessidades satisfeitas, fraldas limpas, temperatura adequada, alimentado, o bebê pode mesmo assim chorar. Algumas vezes pode ser por causa das cólicas, outras só como expressão de cansaço, tédio ou algo que só sabe expressar pelo choro.
O apoio e as explicações ajudam a mãe a tranqüilizar-se, evitando sensação de fracasso quando não consegue acalmar seu filho. Ela pode ficar cansada ou irritada nesses momentos e conversar sobre isso é sempre muito válido. O fato desses sentimentos surgirem não invalidam o amor que ela sente pelo bebê. Por isso, os cuidados com a mãe são fundamentais para que ela, sentindo-se cuidada, tenha mais paciência com seu bebê. Afinal, a relação entre ambos é tão próxima que o estado emocional de um afeta o outro, e a mãe tem a responsabilidade de procurar ajuda e encontrar formas de se reequilibrar.
Se a doula pós-parto tiver conhecimentos de massagens é outra orientação bem-vinda para ser usada com a nova mãe. Na massagem se estimula os músculos, a auto-imagem corporal e intestinos, sem contar a emoção positiva que envolve este carinho dirigido. No caso da filha de Brooke, que veio ao mundo pela cesariana, a massagem teria mais importância ainda porque resgataria a estimulação cutânea que não houve na passagem pela vagina durante o parto. Para elas - mãe e filha - seria também um momento de aproximação sem o estresse dos cuidados diários. O pai poderia entrar nessa relação ajudando com o banho do bebê e aproveitando esse momento de intimidade familiar.
Pouco se falou do pai até agora, não porque ele não tenha importância, mas foi pelo fato de a doula estar mais atenta às necessidades da mãe. Cabe dizer que o pai também pode participar dos cuidados com o bebê, aprender junto e ser orientado na forma de ajudar a mulher na amamentação e em outras necessidades.
Depressão, baby blues e outras tristezas
O livro da atriz Brooke Shields tem seu enfoque maior na depressão pós-parto. A própria expectativa de ficar grávida mediante tratamentos de fecundação já vale a nossa atenção redobrada. A ânsia por um filho e as frustrações no caminho vão idealizando um bebê que não existe. Além disso, no caso da atriz, somou-se o fato do parto não ter sido o planejado e ainda ter tido complicações bem sérias, deixando-a fatigada e temendo pela própria vida num momento que se imagina ser só de alegrias. Acredito que tudo isso foi um pano de fundo bem fecundo para desenvolver uma depressão.
A doula pós-parto não é uma profissional para tratar de uma depressão, mas pode, em alguns casos, ajudar a evitar em casos mais leves ou detectá-la precocemente e sugerir ajuda adequada. Ter uma doula em casa nos primeiros dias contribui para desmistificar algumas idéias a respeito do bebê perfeito e da mãe ideal. Os bebês são lindos mas choram, acordam muitas vezes durante a noite e nem sempre se acalmam de imediato. As mãe são carinhosas (vamos imaginar que sejam sempre!), mas ficam cansadas, tristes e desanimadas com a tarefa materna, inclusive com vontade de fazer outras atividades, confusas e com sentimentos diversos em relação à maternidade. Poder conversar com outra mulher-mãe que teve experiência própria e também é uma profissional, ajuda a tirar o peso de sentir tudo isso sozinha e sem coragem de expressar aos mais íntimos por receio de ser incompreendida e julgada.
A passagem de grávida à mãe nem sempre é fácil e por si só pode levar a uma tristeza. Trata-se de um passagem de papéis, onde se deixa para trás uma parte da vida e se começa uma nova etapa, rumo ao desconhecido mundo da maternidade. Como aconteceu no livro, pode ser uma passagem difícil e levar à depressão. Mas nem sempre é assim. Cabe à doula poder falar com naturalidade sobre essas tristezas do pós-parto. Como sendo parte de um momento de reflexão e de mudança que pode passar e dar lugar a uma mulher fortalecida e mais consciente. Porém, se esse estado persistir por semanas, ou ter mais agravantes, vale a pena sugerir um outro profissional.
Conclusões
Acredito que diante de todo o exposto, o trabalho da doula pós-parto pode ser resumido como o de uma profissional que se relaciona de mãe para mãe com conhecimentos empíricos e técnicos ajudando a mulher em sua apropriação do novo papel. Com seu jeito maternal, a profissional contribui para que a mulher desenvolva em si mesma os aspectos necessários para cuidar bem de seu filho. Sendo cuidada e compreendida, a mãe se espelha e aprende a cuidar e ouvir as manifestações do bebê. Mais do que orientar e ditar verdades, a doula pós-parto deseja que a mãe sinta-se segura e confie na sua percepção e intuição, pois uma mãe tranqüila sabe tomar decisões mais acertivas e saberá escolher melhor entre as várias formas de cuidar de uma criança.
Bibliografia *
DREXLER, Marisa- Consignas para realizar El Toque Eutónico AL bebé.
Departament of women and infants. The Ohio State University Medical Center .2002
DÍAZ, Beltrán L. - Postparto normal y postpartode cesárea. El puerperio.
DÍAZ, Soledad - El período postparto, Instituto Chileno de Medicina Reprodutiva.
KAPLAN, Frida - Contacto Conciente
NOGUEIRA, Adelise Noal - O pós-parto imediato
NOGUEIRA, Adriana Tanese- Depressão pós-parto
RODRÍGUEZ, Carlos González (marzo 2002)
SOLTER, El valor Del llanto -1996.
VERGANA, Maria - La doula y su incersion em La família.
SHIELDS, Brooke. Depois do parto, a dor: minha experiência com a depressão pós-parto. São Paulo, Prestígio, 2006.
La piel Del recien nacido : www.mepediatra.com
Textos e trocas entre professoras e alunas do curso Doula Pós-parto - março a julho de 2010.
* As referências estão incompletas porque são artigos apresentados no curso de Doula Pós-parto.
Juliana Sell é psicóloga e doula na gestação e pós-parto. Clique em seu nome para ver seu perfil na nossa página dos Profissionais Amigos.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Mamadeiras e cia: cuidados com o material tóxico
Olá,
Vejam a matéria que saiu no site consumidor RS sobre as substâncias tóxicas presentes em muitas mamadeiras. Quem amamaneta sabe que o bebê está bem melhor com o seio e sem chupetas. Mesmo assim é interessante saber sobre o assunto porque pode incluir copos plásticos também.
18/10/2010
Projeto quer proibir mamadeiras com substância cancerígena
Mamadeiras, chupetas e recipientes plásticos que contenham a substância bisfenol-A, componente químico cancerígeno, podem ter a comercialização proibida
Mamadeiras, chupetas e recipientes plásticos que contenham a substância bisfenol-A, componente químico cancerígeno, podem ter a comercialização proibida. A proposta do senador Gim Argello (PTB-DF) se baseou em estudos das universidades de Columbia, Oxford e Illinois. "No Canadá, Dinamarca e em Costa Rica as indústrias já foram proibidas de fabricar mamadeiras com esse tipo de substância. Na França, o Senado aprovou a proibição em caráter provisório e nos Estados Unidos o bisfenol-A já foi proibido em dois estados", afirmou o senador.
No Brasil, segundo Argello, não existe proibição à fabricação e comercialização de produtos com o bisfenol-A e o componente continua sendo usado como a matéria-prima de plásticos duros. O projeto de lei 159/2010 está em tramitação no Senado e, se aprovado, segue para última votação na Comissão de Assuntos Sociais.
A liberação da toxina acontece durante o aquecimento do plástico. "Em produtos como chupetas e mamadeiras, ele é potencialmente prejudicial à saúde das nossas crianças", disse o senador.
O pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que lidera uma pesquisa sobre estrógenos ambientais, Paulo Saldiva, explicou que "a ingestão destas substâncias por bebês pode influenciar na formação das mamas, testículos e órgão que têm ligação com hormônios".
Segundo Saldiva, o processo seria como uma reposição hormonal externa pois, ao ingerir o bisfenol-A, a pessoa absorve quantidades variadas de estrogênio. "A conseqüência é o aumento da tendência ao desenvolvimento de câncer de mama ou útero na mulher e perda de espermatozóides para o homem", explica.
O pesquisador afirmou que apesar desta descoberta ter mais de 15 anos, ainda não há provas de quantidades seguras para o consumo da substância.
Cuidados na hora de comprar a mamadeira
Para saber qual produto comprar, sem assumir os riscos oferecidos pelo bisfenol-A, o gerente de informação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Carlos Thadeu, sugere a preferência pelas mamadeiras de vidro, para as crianças que ainda não começaram a andar. No entanto, para as demais, o vidro não é indicado, pois pode causar acidentes, em caso de queda.
Thadeu explicou que embaixo da mamadeira deve existir um triângulo com um número no interior. "As mamadeiras em que neste triângulo estiver o número 3 ou 7 têm o policarbonato em sua composição e o bisfenol-A", disse. As com o número 5 e as letras PP, no interior do triângulo, são as que não possuem bisfenol-A. O gerente aconselha também sempre verificar a composição do produto.
"Se a pessoa já possui a mamadeira com o bisfenol-A, o ideal é evitar sujeitá-la às temperaturas elevadas, pois o bisfenol-A é liberado no calor de 100°C, que é a temperatura de ebulição", disse ele.
Carlos Thadeu é favorável ao projeto do senador Gim Argello. Segundo ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite até 0,6 miligramas da substância por quilo do composto usado na fabricação de cada produto. "Se é sabido que o bisfenol-A é nocivo, por que não substituir?", questiona.
Fonte: Terra
Autor: Thaís Sabino
Revisão e Edição: de responsabilidade da fonte
news@consumidorrs.com.br
Vejam a matéria que saiu no site consumidor RS sobre as substâncias tóxicas presentes em muitas mamadeiras. Quem amamaneta sabe que o bebê está bem melhor com o seio e sem chupetas. Mesmo assim é interessante saber sobre o assunto porque pode incluir copos plásticos também.
18/10/2010
Projeto quer proibir mamadeiras com substância cancerígena
Mamadeiras, chupetas e recipientes plásticos que contenham a substância bisfenol-A, componente químico cancerígeno, podem ter a comercialização proibida
Mamadeiras, chupetas e recipientes plásticos que contenham a substância bisfenol-A, componente químico cancerígeno, podem ter a comercialização proibida. A proposta do senador Gim Argello (PTB-DF) se baseou em estudos das universidades de Columbia, Oxford e Illinois. "No Canadá, Dinamarca e em Costa Rica as indústrias já foram proibidas de fabricar mamadeiras com esse tipo de substância. Na França, o Senado aprovou a proibição em caráter provisório e nos Estados Unidos o bisfenol-A já foi proibido em dois estados", afirmou o senador.
No Brasil, segundo Argello, não existe proibição à fabricação e comercialização de produtos com o bisfenol-A e o componente continua sendo usado como a matéria-prima de plásticos duros. O projeto de lei 159/2010 está em tramitação no Senado e, se aprovado, segue para última votação na Comissão de Assuntos Sociais.
A liberação da toxina acontece durante o aquecimento do plástico. "Em produtos como chupetas e mamadeiras, ele é potencialmente prejudicial à saúde das nossas crianças", disse o senador.
O pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) que lidera uma pesquisa sobre estrógenos ambientais, Paulo Saldiva, explicou que "a ingestão destas substâncias por bebês pode influenciar na formação das mamas, testículos e órgão que têm ligação com hormônios".
Segundo Saldiva, o processo seria como uma reposição hormonal externa pois, ao ingerir o bisfenol-A, a pessoa absorve quantidades variadas de estrogênio. "A conseqüência é o aumento da tendência ao desenvolvimento de câncer de mama ou útero na mulher e perda de espermatozóides para o homem", explica.
O pesquisador afirmou que apesar desta descoberta ter mais de 15 anos, ainda não há provas de quantidades seguras para o consumo da substância.
Cuidados na hora de comprar a mamadeira
Para saber qual produto comprar, sem assumir os riscos oferecidos pelo bisfenol-A, o gerente de informação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Carlos Thadeu, sugere a preferência pelas mamadeiras de vidro, para as crianças que ainda não começaram a andar. No entanto, para as demais, o vidro não é indicado, pois pode causar acidentes, em caso de queda.
Thadeu explicou que embaixo da mamadeira deve existir um triângulo com um número no interior. "As mamadeiras em que neste triângulo estiver o número 3 ou 7 têm o policarbonato em sua composição e o bisfenol-A", disse. As com o número 5 e as letras PP, no interior do triângulo, são as que não possuem bisfenol-A. O gerente aconselha também sempre verificar a composição do produto.
"Se a pessoa já possui a mamadeira com o bisfenol-A, o ideal é evitar sujeitá-la às temperaturas elevadas, pois o bisfenol-A é liberado no calor de 100°C, que é a temperatura de ebulição", disse ele.
Carlos Thadeu é favorável ao projeto do senador Gim Argello. Segundo ele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite até 0,6 miligramas da substância por quilo do composto usado na fabricação de cada produto. "Se é sabido que o bisfenol-A é nocivo, por que não substituir?", questiona.
Fonte: Terra
Autor: Thaís Sabino
Revisão e Edição: de responsabilidade da fonte
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sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Pós-parto: um bate-papo
No sábado passado fiz um bate-papo no Bazar Coisas de Mãe - organizado por Sheila e Ligia. Fizemos uma conversa com gestantes, maridos e duas mães que contaram seus pós-partos.
Abaixo fiz um pequeno texto para ajudar a pensar no encontro.
Bom pós-parto!
O pós parto é um período que grandes transformações, no corpo da mulher, na sua relação com seu companheiro, familiares e consigo mesma. No centro disso tudo está a sua relação com o seu bebê, crescendo o amor a cada dia e iniciando uma relação forte e profunda.
Cada mulher vai passar pelo pós- parto de sua maneira, umas sentindo mais outras menos as variações emocionais e físicas desse período. Mesmo assim é interessante saber que não estamos sozinhas nessa caminhada, que alguns aspectos são comuns a todas.
O QUE É O PÓS-PARTO:
O pós-parto é um período que pode ser visto desde os primeiros dias após o nascimento do bebê (pós-parto imediato), na chegada em casa na primeira semana ( recente) e até 4 a 6 semanas (tardio).
Para a Dra. chilena Soledad Dìaz, este período estende-se mais, até a mulher recuperar-se na parte fisiológica, endócrino e nutricional. Enquanto estiver amamentando ela ainda terá as condições diferentes das anteriores da gestação. Em resumo, é todo o período que necessita para recuperar-se como estava antes de engravidar e durante a etapa de transição de grande dependência do bebê à mãe. Podendo levar de meses a mais de um ano.
DIFERENTES ASPECTOS DO PÓS-PARTO:
Podemos falar do pós-parto do ponto de vista físico, os hormônios vão mudar muito, parecendo uma TPM. Os seios podem estar doloridos com a descida do leite e haverá um sangramento que dura em torno de 10 dias, assemelhando-se a menstruação. Pode haver algum desconforto no períneo (em caso de parto vaginal) ou na cicatriz (no caso de cesariana). A barriga antes tinha um bebê e agora está ainda um pouco distendida e os órgãos estão voltando ao lugar, por isso a sensação de estar solta.
No lado emocional, a mulher pode sentir-se muito animada e feliz com nascimento do bebê e em outros momentos também sentir-se confusa e triste (baby blues). Tudo isso faz parte da adaptação. Pode também sentir um vazio, estar assustada com a grande responsabilidade e com a sensação de que não dará conta, sem saber o que é certo ou errado para atender seu bebê. Calma! Nada de se culpar! Nem todas passem por isso, mas vale a pena saber que essa montanha russa emocional pode acontecer e tendo apoio, carinho pelos seus conflitos e paciência, tudo vai se resolvendo.
As expectativas de ser uma “ boa mãe”, que foram construídas pela cultura.
O aleitamento materno, que pode ser tranquilo ou apresentar algumas dificuldades e necessitar de ajuda profissional.
Os conflitos em relação aos outros filhos e também as outras partes da vida – vida social, trabalho etc.
Relação casal, envolve a sexualidade e as mudanças entre ambos. Alguns pais podem sentir ciúmes da mulher por atenção exclusiva ao bebê ou mesmo por não estar participando ativamente dos cuidados do mesmo. Na sexualidade pode acontecer de um estar com mais ou menos desejo que o outro. Nesse período a mulher está sob efeito de hormônios da amamentação que ressecam a mucosa vaginal, interessante utilizar gel à base de água e criar maneiras de retomar o namoro e lidar com o leite pingando, com o bebê acordando nas horas do casal. Pois tudo isso faz parte da nova vida e não tem como lutar e sim adaptar-se e criar alternativas e aceitar o que não podemos mudar - parafraseando a oração do AA.
Mas na verdade gostaria de falar de outro aspecto do pós-parto, a fase “Borboleta” da mulher .
Em nenhum momento da vida da mulher houve/haverá tamanha transformação como no puerpério.
Nem quando ficou mocinha, ou se formou, casou , trocou de emprego, nada. Nada se compara a torna-se mãe, nem pode ser chamado de transformação, fica melhor metamorfose pelo sentido de mudança radical. Guarda sim a mulher de antes, porém sente de forma distinta. Quantas mulheres que julgam outras antes de serem elas mesmas mães e depois dizem “ não imaginava que sentiria dessa forma com meu filho.”
O QUE AJUDA NO PÓS-PARTO:
1- Quando o bebê dormir, aproveite para relaxar e dormir também. Deixe outras tarefas para depois, seu corpo precisa de sono para se recuperar e ter energia para cuidar do bebê.
2- Beba líquidos sempre que sentir sede, não demore a atendar seu corpo. Ajuda na amamentação e também para seu funcionamento intestinal.
3- Alimentar-se bem é fundamental, se possível 6 refeições ao dia para não passar grandes períodos sem comer nada. Filofofia da "aeromoça" , a mãe precisa estar bem alimentada porque gasta bastante energia (cuidar do bebê, amamentar e recuperar-se do parto). Dê muita atenção ao almoço, comendo alimentos bem nutritivos.Ah, lembre-se de comer alimentos com fibras, seu intestino agradece.
4- Evite fazer esforço físico. Peso só o do seu bebê.
5- Peça ajuda, principalmente para cuidados com a casa. Isso outras pessoas podem fazer por você.
6- Mesmo querendo cuidar 100% sozinha do seu bebê, não negue compartilhar com seu companheiro ou pedir ajuda. Você pode ser a principal cuidadora, mas às vezes vai precisar ir ao banheiro, comer tranquilamente ou mesmo dormir.
7- Tente achar um tempinho para conversar com seu companheiro sobre as mudanças na vida de vocês. Se for solteira, vale encontrar uma boa amiga ou familiar.
8- Valorize-se: você está fazendo algo muito importante !!!
9- Caminhar aos pouquinhos ajuda na recuperação do corpo.
10- Com as visitas: preocupe-se mais com você e seu bebê. Secretária eletrônica, alguém para ajudar a receber as visitas, avisar dias e horários adequados. Todos estão curiosos e felizes com o nascimento. Porém, sinta-se à vontade para deixar a sala para amamentar sozinha no quarto, avisar que está cansada, ficar com o bebê com você e não no colo de cada que vem visitar.
11- Tenha carinho pelas suas dúvidas e temores. Você não conhecia seu bebê, não é mesmo? Então, saiba que aos poucos você entenderá bem os seus choros e vontades, sua intuição estará cada vez mais aprimorada. Dê tempo ao tempo. Paciência consigo mesma, sem se culpar por não adivinhar o "manual do bebê".
12- Se precisar, busque ajuda profissional. O que importa é você sentir-se bem!
13- Pai do bebê: continente emocional da mãe, compartilha dos cuidados do bebê e ajuda na escuta sem julgamento, dando apoio emocional, cuida da proteção da casa – visitas, compras etc.
14- Tomar sol, um pouquinho sempre que possível ( nos seios, sem não estiverem machucados e nos pés).
Abaixo fiz um pequeno texto para ajudar a pensar no encontro.
Bom pós-parto!
O pós parto é um período que grandes transformações, no corpo da mulher, na sua relação com seu companheiro, familiares e consigo mesma. No centro disso tudo está a sua relação com o seu bebê, crescendo o amor a cada dia e iniciando uma relação forte e profunda.
Cada mulher vai passar pelo pós- parto de sua maneira, umas sentindo mais outras menos as variações emocionais e físicas desse período. Mesmo assim é interessante saber que não estamos sozinhas nessa caminhada, que alguns aspectos são comuns a todas.
O QUE É O PÓS-PARTO:
O pós-parto é um período que pode ser visto desde os primeiros dias após o nascimento do bebê (pós-parto imediato), na chegada em casa na primeira semana ( recente) e até 4 a 6 semanas (tardio).
Para a Dra. chilena Soledad Dìaz, este período estende-se mais, até a mulher recuperar-se na parte fisiológica, endócrino e nutricional. Enquanto estiver amamentando ela ainda terá as condições diferentes das anteriores da gestação. Em resumo, é todo o período que necessita para recuperar-se como estava antes de engravidar e durante a etapa de transição de grande dependência do bebê à mãe. Podendo levar de meses a mais de um ano.
DIFERENTES ASPECTOS DO PÓS-PARTO:
Podemos falar do pós-parto do ponto de vista físico, os hormônios vão mudar muito, parecendo uma TPM. Os seios podem estar doloridos com a descida do leite e haverá um sangramento que dura em torno de 10 dias, assemelhando-se a menstruação. Pode haver algum desconforto no períneo (em caso de parto vaginal) ou na cicatriz (no caso de cesariana). A barriga antes tinha um bebê e agora está ainda um pouco distendida e os órgãos estão voltando ao lugar, por isso a sensação de estar solta.
No lado emocional, a mulher pode sentir-se muito animada e feliz com nascimento do bebê e em outros momentos também sentir-se confusa e triste (baby blues). Tudo isso faz parte da adaptação. Pode também sentir um vazio, estar assustada com a grande responsabilidade e com a sensação de que não dará conta, sem saber o que é certo ou errado para atender seu bebê. Calma! Nada de se culpar! Nem todas passem por isso, mas vale a pena saber que essa montanha russa emocional pode acontecer e tendo apoio, carinho pelos seus conflitos e paciência, tudo vai se resolvendo.
As expectativas de ser uma “ boa mãe”, que foram construídas pela cultura.
O aleitamento materno, que pode ser tranquilo ou apresentar algumas dificuldades e necessitar de ajuda profissional.
Os conflitos em relação aos outros filhos e também as outras partes da vida – vida social, trabalho etc.
Relação casal, envolve a sexualidade e as mudanças entre ambos. Alguns pais podem sentir ciúmes da mulher por atenção exclusiva ao bebê ou mesmo por não estar participando ativamente dos cuidados do mesmo. Na sexualidade pode acontecer de um estar com mais ou menos desejo que o outro. Nesse período a mulher está sob efeito de hormônios da amamentação que ressecam a mucosa vaginal, interessante utilizar gel à base de água e criar maneiras de retomar o namoro e lidar com o leite pingando, com o bebê acordando nas horas do casal. Pois tudo isso faz parte da nova vida e não tem como lutar e sim adaptar-se e criar alternativas e aceitar o que não podemos mudar - parafraseando a oração do AA.
Mas na verdade gostaria de falar de outro aspecto do pós-parto, a fase “Borboleta” da mulher .
Em nenhum momento da vida da mulher houve/haverá tamanha transformação como no puerpério.
Nem quando ficou mocinha, ou se formou, casou , trocou de emprego, nada. Nada se compara a torna-se mãe, nem pode ser chamado de transformação, fica melhor metamorfose pelo sentido de mudança radical. Guarda sim a mulher de antes, porém sente de forma distinta. Quantas mulheres que julgam outras antes de serem elas mesmas mães e depois dizem “ não imaginava que sentiria dessa forma com meu filho.”
O QUE AJUDA NO PÓS-PARTO:
1- Quando o bebê dormir, aproveite para relaxar e dormir também. Deixe outras tarefas para depois, seu corpo precisa de sono para se recuperar e ter energia para cuidar do bebê.
2- Beba líquidos sempre que sentir sede, não demore a atendar seu corpo. Ajuda na amamentação e também para seu funcionamento intestinal.
3- Alimentar-se bem é fundamental, se possível 6 refeições ao dia para não passar grandes períodos sem comer nada. Filofofia da "aeromoça" , a mãe precisa estar bem alimentada porque gasta bastante energia (cuidar do bebê, amamentar e recuperar-se do parto). Dê muita atenção ao almoço, comendo alimentos bem nutritivos.Ah, lembre-se de comer alimentos com fibras, seu intestino agradece.
4- Evite fazer esforço físico. Peso só o do seu bebê.
5- Peça ajuda, principalmente para cuidados com a casa. Isso outras pessoas podem fazer por você.
6- Mesmo querendo cuidar 100% sozinha do seu bebê, não negue compartilhar com seu companheiro ou pedir ajuda. Você pode ser a principal cuidadora, mas às vezes vai precisar ir ao banheiro, comer tranquilamente ou mesmo dormir.
7- Tente achar um tempinho para conversar com seu companheiro sobre as mudanças na vida de vocês. Se for solteira, vale encontrar uma boa amiga ou familiar.
8- Valorize-se: você está fazendo algo muito importante !!!
9- Caminhar aos pouquinhos ajuda na recuperação do corpo.
10- Com as visitas: preocupe-se mais com você e seu bebê. Secretária eletrônica, alguém para ajudar a receber as visitas, avisar dias e horários adequados. Todos estão curiosos e felizes com o nascimento. Porém, sinta-se à vontade para deixar a sala para amamentar sozinha no quarto, avisar que está cansada, ficar com o bebê com você e não no colo de cada que vem visitar.
11- Tenha carinho pelas suas dúvidas e temores. Você não conhecia seu bebê, não é mesmo? Então, saiba que aos poucos você entenderá bem os seus choros e vontades, sua intuição estará cada vez mais aprimorada. Dê tempo ao tempo. Paciência consigo mesma, sem se culpar por não adivinhar o "manual do bebê".
12- Se precisar, busque ajuda profissional. O que importa é você sentir-se bem!
13- Pai do bebê: continente emocional da mãe, compartilha dos cuidados do bebê e ajuda na escuta sem julgamento, dando apoio emocional, cuida da proteção da casa – visitas, compras etc.
14- Tomar sol, um pouquinho sempre que possível ( nos seios, sem não estiverem machucados e nos pés).
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Lei do acompanhante
Olá,
Recebi do grupo Parto do Princípio a postagem abaixo para ser divulgada nos blogs e sites que envolvem questões de parto.
Vale contar que a lei do acompanhante teve seu início em SC. A partir de reuniões da Rehuna em Florianópoli, foi levado a proposta para a deputada estadual Ideli Salvatti que assumiu o compromisso de transformar em lei. Quando a mesma tornou-se senadora levou para o âmbito nacional. Agora nós precisamos fazer a nossa parte, exigir, divulgar e denunciar quando a lei não está sendo cumprida.
Beijos,
Lei do Acompanhante no Parto - Nosso direito não está À VENDA!!!!
A partir de uma denúncia que relatou a cobrança de taxa em um hospital em Cuiabá-MT, o Ministério Público Federal no Mato Grosso firmou um Termo de Ajuste de Conduta com os hospitais particulares locais. Agora, todos eles terão de permitir a permanência do acompanhante de livre escolha da parturiente gratuitamente no acolhimento, pré-parto, parto e pós-parto imediato e afixar cartazes informando os direitos das gestantes. (http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/dest_sup/mpf-mt-move-acao-contra-hospitais-por-cobranca-ilegal-de-taxa)
Se você foi impedida de ter seu acompanhante nesse momento tão delicado que é o nascimento de um filho, DENUNCIE.
Se cobraram uma taxa para a entrada do seu acompanhante no parto, para a roupa (taxa de paramentação), para ele pernoitar, para a alimentação do acompanhante, DENUNCIE.
Se impediram a entrada do seu acompanhante por ser homem, ou por ser mulher, ou por não ser o pai, DENUNCIE.
Toda mulher tem direito de ter um acompanhante de sua livre escolha no acolhimento, pré-parto, parto e pós-parto imediato.
Todo plano de saúde é obrigado a cobrir as despesas de um acompanhante por esse período. É obrigado a cobrir a taxa de paramentação, a alimentação e a acomodação adequada para pernoite.
Se você se sentir mais a vontade, peça "sigilo de dados pessoais" em sua denúncia.
Acesse: http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=lei_denuncie&ext=html
Dúvidas: leidoacompanhante@partodoprincipio.com.br
Recebi do grupo Parto do Princípio a postagem abaixo para ser divulgada nos blogs e sites que envolvem questões de parto.
Vale contar que a lei do acompanhante teve seu início em SC. A partir de reuniões da Rehuna em Florianópoli, foi levado a proposta para a deputada estadual Ideli Salvatti que assumiu o compromisso de transformar em lei. Quando a mesma tornou-se senadora levou para o âmbito nacional. Agora nós precisamos fazer a nossa parte, exigir, divulgar e denunciar quando a lei não está sendo cumprida.
Beijos,
Lei do Acompanhante no Parto - Nosso direito não está À VENDA!!!!
A partir de uma denúncia que relatou a cobrança de taxa em um hospital em Cuiabá-MT, o Ministério Público Federal no Mato Grosso firmou um Termo de Ajuste de Conduta com os hospitais particulares locais. Agora, todos eles terão de permitir a permanência do acompanhante de livre escolha da parturiente gratuitamente no acolhimento, pré-parto, parto e pós-parto imediato e afixar cartazes informando os direitos das gestantes. (http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias/dest_sup/mpf-mt-move-acao-contra-hospitais-por-cobranca-ilegal-de-taxa)
Se você foi impedida de ter seu acompanhante nesse momento tão delicado que é o nascimento de um filho, DENUNCIE.
Se cobraram uma taxa para a entrada do seu acompanhante no parto, para a roupa (taxa de paramentação), para ele pernoitar, para a alimentação do acompanhante, DENUNCIE.
Se impediram a entrada do seu acompanhante por ser homem, ou por ser mulher, ou por não ser o pai, DENUNCIE.
Toda mulher tem direito de ter um acompanhante de sua livre escolha no acolhimento, pré-parto, parto e pós-parto imediato.
Todo plano de saúde é obrigado a cobrir as despesas de um acompanhante por esse período. É obrigado a cobrir a taxa de paramentação, a alimentação e a acomodação adequada para pernoite.
Se você se sentir mais a vontade, peça "sigilo de dados pessoais" em sua denúncia.
Acesse: http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=lei_denuncie&ext=html
Dúvidas: leidoacompanhante@partodoprincipio.com.br
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Assistência Psicológica para gestantes com HIV
Olá,
Vejam que matéria interessante que recebi de uma fisiodoula, a Gabriela. Saiu no caderno Donna do Clic RBS - RS de 06/10/10.
Boa leitura, beijos.
Assistência psicológica melhora gestação de mulheres com HIV, indica estudo
Grávidas podem ter mais qualidade de vida com pré-natal adequado
Gestantes portadoras do vírus HIV podem ter uma gravidez melhor se, além do exame pré-natal adequado, puderem desabafar angústias e sentimentos, segundo informações divulgadas pela Agência USP de Notícias. A pesquisa foi apresentada na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. Leia a seguir na íntegra.
Gestantes portadoras do vírus HIV podem ter uma gravidez de maior qualidade se tiverem, além de um pré natal adequado, um espaço durante a gestação para falar de suas angústias e sentimentos. O estudo A vivência da maternidade: um estudo com gestantes portadoras do HIV, apresentado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, também concluiu que essas mães precisam de assistência psicológica diferenciada, bem como de um espaço para realizar discussões sobre o planejamento familiar e a educação sexual.
A pesquisa objetivou saber como as gestantes entendem a maternidade no contexto da doença e qual é o impacto desta em suas vidas.
— Por meio de entrevistas, as gestantes entrevistadas davam sua impressão sobre como percebiam a gravidez, como se percebiam enquanto mulheres e como encaravam o tratamento durante o pré natal — declara a psicóloga Luciana Trindade Valente Carneiro, autora do estudo.
A partir dessas declarações foi constatado que durante a gravidez os problemas mais comuns se referem a questões emocionais e não clínicas, uma vez que o pré natal é realizado em um ambulatório diferenciado. Luciana explica: “Há muita insegurança por partes dessas mulheres em relação ao futuro, ou seja, se o bebê nascerá saudável ou a dúvida se na medida em que as crianças crescerem elas estarão presentes. Já em relação ao quadro clínico, todas se sentiram muito seguras ao realizar o pré natal dentro do ambulatório.”
O Ambulatório de Moléstias Infecto Contagiosas em Ginecologia e Obstetrícia (AMIGO), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), local onde foi realizada a pesquisa, é referência na área.
— Ali o trabalho realizado é de vanguarda e já conta com uma equipe multiprofissional o que justifica a sensação de segurança dessas gestantes em relação à saúde física — ressalta Luciana. — Mas, nem sempre é assim. A realidade no Brasil é diferente. Daí a necessidade de haver um trabalho multiprofissional, no qual junto com os médicos atuem psicólogos, assistentes sociais e outros técnicos. O lado psicossocial dos usuários deve ser trabalhado — acrescenta a pesquisadora.
É neste âmbito que foi criado, no período da pesquisa, o “Grupo de Sala de Espera”, no qual as gestantes do AMIGO, enquanto esperavam por sua consulta, podiam conversar e compartilhar com outras na mesma situação seus temores e ansiedades durante o pré natal. Esse grupo sempre foi acompanhado por um psicólogo.
— Ali elas podiam falar das ansiedades e dos temores que vivenciavam durante a gravidez, como o medo do parto. Este espaço de conversa qualifica a assistência — assinala Luciana.
Tratamento
O estudo constatou que a maioria das gestantes aderia ao tratamento durante a gestação por medo da possibilidade da transmissão vertical do HIV ao bebê, pensando sempre no bem-estar do filho e não no bem-estar próprio. Tal fator não é positivo, pois pode significar que após a gravidez a mulher interromperá a medicação.
— Isso é ruim porque mesmo após o parto elas devem se tratar para que os sintomas da doença não se efetivem.
A proposta é que haja um tratamento e acompanhamento permanentes.
— A mulher deve se cuidar e não só do filho — afirma Luciana. — Com um trabalho integrado você pode, não só incentivar o tratamento correto, mas também minimizar questões psicológicas e emocionais , tão comuns em gestantes soropositivas — conclui.
A dissertação foi orientada pelo professor Marco Antonio de Castro Figueiredo, do Departamento de Psicologia e Educação da FFCLRP.
AGÊNCIA AIDS
Vejam que matéria interessante que recebi de uma fisiodoula, a Gabriela. Saiu no caderno Donna do Clic RBS - RS de 06/10/10.
Boa leitura, beijos.
Assistência psicológica melhora gestação de mulheres com HIV, indica estudo
Grávidas podem ter mais qualidade de vida com pré-natal adequado
Gestantes portadoras do vírus HIV podem ter uma gravidez melhor se, além do exame pré-natal adequado, puderem desabafar angústias e sentimentos, segundo informações divulgadas pela Agência USP de Notícias. A pesquisa foi apresentada na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. Leia a seguir na íntegra.
Gestantes portadoras do vírus HIV podem ter uma gravidez de maior qualidade se tiverem, além de um pré natal adequado, um espaço durante a gestação para falar de suas angústias e sentimentos. O estudo A vivência da maternidade: um estudo com gestantes portadoras do HIV, apresentado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, também concluiu que essas mães precisam de assistência psicológica diferenciada, bem como de um espaço para realizar discussões sobre o planejamento familiar e a educação sexual.
A pesquisa objetivou saber como as gestantes entendem a maternidade no contexto da doença e qual é o impacto desta em suas vidas.
— Por meio de entrevistas, as gestantes entrevistadas davam sua impressão sobre como percebiam a gravidez, como se percebiam enquanto mulheres e como encaravam o tratamento durante o pré natal — declara a psicóloga Luciana Trindade Valente Carneiro, autora do estudo.
A partir dessas declarações foi constatado que durante a gravidez os problemas mais comuns se referem a questões emocionais e não clínicas, uma vez que o pré natal é realizado em um ambulatório diferenciado. Luciana explica: “Há muita insegurança por partes dessas mulheres em relação ao futuro, ou seja, se o bebê nascerá saudável ou a dúvida se na medida em que as crianças crescerem elas estarão presentes. Já em relação ao quadro clínico, todas se sentiram muito seguras ao realizar o pré natal dentro do ambulatório.”
O Ambulatório de Moléstias Infecto Contagiosas em Ginecologia e Obstetrícia (AMIGO), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), local onde foi realizada a pesquisa, é referência na área.
— Ali o trabalho realizado é de vanguarda e já conta com uma equipe multiprofissional o que justifica a sensação de segurança dessas gestantes em relação à saúde física — ressalta Luciana. — Mas, nem sempre é assim. A realidade no Brasil é diferente. Daí a necessidade de haver um trabalho multiprofissional, no qual junto com os médicos atuem psicólogos, assistentes sociais e outros técnicos. O lado psicossocial dos usuários deve ser trabalhado — acrescenta a pesquisadora.
É neste âmbito que foi criado, no período da pesquisa, o “Grupo de Sala de Espera”, no qual as gestantes do AMIGO, enquanto esperavam por sua consulta, podiam conversar e compartilhar com outras na mesma situação seus temores e ansiedades durante o pré natal. Esse grupo sempre foi acompanhado por um psicólogo.
— Ali elas podiam falar das ansiedades e dos temores que vivenciavam durante a gravidez, como o medo do parto. Este espaço de conversa qualifica a assistência — assinala Luciana.
Tratamento
O estudo constatou que a maioria das gestantes aderia ao tratamento durante a gestação por medo da possibilidade da transmissão vertical do HIV ao bebê, pensando sempre no bem-estar do filho e não no bem-estar próprio. Tal fator não é positivo, pois pode significar que após a gravidez a mulher interromperá a medicação.
— Isso é ruim porque mesmo após o parto elas devem se tratar para que os sintomas da doença não se efetivem.
A proposta é que haja um tratamento e acompanhamento permanentes.
— A mulher deve se cuidar e não só do filho — afirma Luciana. — Com um trabalho integrado você pode, não só incentivar o tratamento correto, mas também minimizar questões psicológicas e emocionais , tão comuns em gestantes soropositivas — conclui.
A dissertação foi orientada pelo professor Marco Antonio de Castro Figueiredo, do Departamento de Psicologia e Educação da FFCLRP.
AGÊNCIA AIDS
Minha apresentação no Bazar Coisas de Mãe
No sábado estarei num bate-papo no Bazar Coisas de Mãe e escrevi um pouquinho de minha história para me apresentar no blog da Lígia e Sheila (www.bazarcoisasdemae.blogspot.com).
Meu nome é Juliana, mãe de dois meninos fofos, de 10 anos e 6 anos e meio. Antes se ser mãe trabalhei como psicóloga em serviço de violência doméstica contra crianças, fiz estágios na oncologia infantil e APAE, trabalhei numa escola de educação especial , consultório e posto de saúde. Quando engravidei de meu primeiro filho eu estava coordenando um trabalho na prefeitura na área de prevenção de aids para usuários de drogas injetáveis e depois de anos nisso, percebi que aquela linda barriga não combinava mais com assuntos tão tristes. Com apoio de meu marido, pedi demissão de um emprego público e virei professora da UDESC, mas era temporário e logo que engravidei de meu segundo filho acabou meu contrato.
As circunstâncias me levaram a realizar um sonho, ficar em casa cuidando dos meninos e me tornar uma dona de casa. Foram alguns anos até a vontade de trabalhar bater na minha porta de novo, junto com os pedidos de amigas para explicar sobre amamentação, bebês , gestação - já que tinha trabalhado com gestantes na prefeitura e agora tinha experiência pessoal. A vontade cresceu e resolvi fazer um curso de doula, depois vieram mais cursos e hoje também tenho o de doula pós-parto. Por fim voltei a trabalhar, mas desta vez de forma diferente, com nascimentos, com vida.
Voltei a clinicar só para gestantes e puérperas e preparar mães e pais para a gestação, parto e chegada do bebê de forma personalizada e em domicílio.
Nisso tudo sempre tive carinho especial com as mães no pós-parto. Passei dois momentos desses bem diferentes um do outro. No primeiro pós-parto eu tinha experiência profissional com outras mães, sabia teoricamente sobre cuidados com bebê, tinha feito cursos, lido livros, tudo que podia saber. Mas não sabia sobre as mudanças emocionais na prática, nem das inseguranças de ser uma "boa mãe", ou da importância de me cuidar primeiro para depois cuidar do bebê. Como eu queria ter tido uma doula ou outra pessoa que me contasse que tudo aquilo fazia parte da montanha-russa hormonal e que as autoexigências das idealizações de mãe só atrapalham. Alguém que contasse que ficar sem dormir e ser responsável por uma nova vida é, em alguns momentos, difícil de se lidar. Talvez por isso que eu tenho tanto carinho e empatia pelas novas mães. É o nosso momento "borboleta". Nossa metamorfose de mulher tranformando-se numa outra mulher-mãe, mais sensível e ao mesmo tempo mais forte, mais intuitiva e tão apreensiva pela vida e saúde do nosso fruto e amor maior. Algo que transcede explicações, teorias, que torna-se impossível de saber sem ter passado pela experiência de ser mãe.
Espero que no Bazar a gente possa conversar sobre as experiências de cada uma, sem teorizar muito, mas compartilhar nossas vidas, nosso amor e ter carinho pelas nossas lindas transformações (nem sempre fáceis) que passamos no pós-parto.
Beijos.
Meu nome é Juliana, mãe de dois meninos fofos, de 10 anos e 6 anos e meio. Antes se ser mãe trabalhei como psicóloga em serviço de violência doméstica contra crianças, fiz estágios na oncologia infantil e APAE, trabalhei numa escola de educação especial , consultório e posto de saúde. Quando engravidei de meu primeiro filho eu estava coordenando um trabalho na prefeitura na área de prevenção de aids para usuários de drogas injetáveis e depois de anos nisso, percebi que aquela linda barriga não combinava mais com assuntos tão tristes. Com apoio de meu marido, pedi demissão de um emprego público e virei professora da UDESC, mas era temporário e logo que engravidei de meu segundo filho acabou meu contrato.
As circunstâncias me levaram a realizar um sonho, ficar em casa cuidando dos meninos e me tornar uma dona de casa. Foram alguns anos até a vontade de trabalhar bater na minha porta de novo, junto com os pedidos de amigas para explicar sobre amamentação, bebês , gestação - já que tinha trabalhado com gestantes na prefeitura e agora tinha experiência pessoal. A vontade cresceu e resolvi fazer um curso de doula, depois vieram mais cursos e hoje também tenho o de doula pós-parto. Por fim voltei a trabalhar, mas desta vez de forma diferente, com nascimentos, com vida.
Voltei a clinicar só para gestantes e puérperas e preparar mães e pais para a gestação, parto e chegada do bebê de forma personalizada e em domicílio.
Nisso tudo sempre tive carinho especial com as mães no pós-parto. Passei dois momentos desses bem diferentes um do outro. No primeiro pós-parto eu tinha experiência profissional com outras mães, sabia teoricamente sobre cuidados com bebê, tinha feito cursos, lido livros, tudo que podia saber. Mas não sabia sobre as mudanças emocionais na prática, nem das inseguranças de ser uma "boa mãe", ou da importância de me cuidar primeiro para depois cuidar do bebê. Como eu queria ter tido uma doula ou outra pessoa que me contasse que tudo aquilo fazia parte da montanha-russa hormonal e que as autoexigências das idealizações de mãe só atrapalham. Alguém que contasse que ficar sem dormir e ser responsável por uma nova vida é, em alguns momentos, difícil de se lidar. Talvez por isso que eu tenho tanto carinho e empatia pelas novas mães. É o nosso momento "borboleta". Nossa metamorfose de mulher tranformando-se numa outra mulher-mãe, mais sensível e ao mesmo tempo mais forte, mais intuitiva e tão apreensiva pela vida e saúde do nosso fruto e amor maior. Algo que transcede explicações, teorias, que torna-se impossível de saber sem ter passado pela experiência de ser mãe.
Espero que no Bazar a gente possa conversar sobre as experiências de cada uma, sem teorizar muito, mas compartilhar nossas vidas, nosso amor e ter carinho pelas nossas lindas transformações (nem sempre fáceis) que passamos no pós-parto.
Beijos.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Cinematerna em Florianópolis: estreia no Iguatemi
Olá,
Nesta terça, 5/10, será o lançamento do CineMaterna no Shopping Iguatemi!
As 80 primeiras mães com bebês de até 18 meses receberão seu ingresso de presente! A cortesia é da loja Gente Miúda e será distribuída por ordem de chegada. Acompanhantes pagarão ingresso normalmente.
Bom divertimento!
Um grande abraço
Equipe CineMaterna
www.cinematerna.org.br
Florianópolis
05/10, terça-feira, 14h
Cinesystem Iguatemi Florianópolis
Filme: Coincidências do Amor
Av Madre Benvenuta 687
O bate-papo após a sessão acontece no Rei do Mate, no próprio cinema.
Sessões mensais às terças, 14h.
Preço: R$ 14 e R$ 7 (meia para estudantes e pagamento com cartões de crédito B
Nesta terça, 5/10, será o lançamento do CineMaterna no Shopping Iguatemi!
As 80 primeiras mães com bebês de até 18 meses receberão seu ingresso de presente! A cortesia é da loja Gente Miúda e será distribuída por ordem de chegada. Acompanhantes pagarão ingresso normalmente.
Bom divertimento!
Um grande abraço
Equipe CineMaterna
www.cinematerna.org.br
Florianópolis
05/10, terça-feira, 14h
Cinesystem Iguatemi Florianópolis
Filme: Coincidências do Amor
Av Madre Benvenuta 687
O bate-papo após a sessão acontece no Rei do Mate, no próprio cinema.
Sessões mensais às terças, 14h.
Preço: R$ 14 e R$ 7 (meia para estudantes e pagamento com cartões de crédito B
Pós-parto: participação das internautas
Olá,
No dia 09 de outubro estarei fazendo um bate-papo no Bazar Coisas de Mãe aqui em Florianópolis. Evito fazer palestra porque a participação das mulheres, contanto as suas experiências, são ótimas e deixa o assunto menos didático.
Então pensei em começar essa "conversa" com quem quiser participar. Queria saber:
1- como foi o pós-parto
2- o que/quem ajudou nesse período
3- o que gostaria de saber ou ter feito durante a gestação para melhorar a experiência do pós-parto
Aguardo e-mails no: apoiomaterno@gmail.com
Prometo não postar os e-mails no blog, nem citar nomes. Posteriormente quando escrever um texto geral para o blog, pedirei autorização a cada participante e mesmo assim não preciso colocar dados pessoais. Meu interesse é conhecer mais da experiência de mulheres de cidades diversas e levar essa conversa no bate-papo também ( preservando a identidade de cada uma, ok!).
Beijos e até breve!
Juliana
No dia 09 de outubro estarei fazendo um bate-papo no Bazar Coisas de Mãe aqui em Florianópolis. Evito fazer palestra porque a participação das mulheres, contanto as suas experiências, são ótimas e deixa o assunto menos didático.
Então pensei em começar essa "conversa" com quem quiser participar. Queria saber:
1- como foi o pós-parto
2- o que/quem ajudou nesse período
3- o que gostaria de saber ou ter feito durante a gestação para melhorar a experiência do pós-parto
Aguardo e-mails no: apoiomaterno@gmail.com
Prometo não postar os e-mails no blog, nem citar nomes. Posteriormente quando escrever um texto geral para o blog, pedirei autorização a cada participante e mesmo assim não preciso colocar dados pessoais. Meu interesse é conhecer mais da experiência de mulheres de cidades diversas e levar essa conversa no bate-papo também ( preservando a identidade de cada uma, ok!).
Beijos e até breve!
Juliana
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