terça-feira, 25 de março de 2014

A sexualidade depois do nascimento do bebê





Algumas mulheres percebem que muitos aspectos da sua vida mudam após o nascimento do seu bebê, e a sexualidade não fica de fora das novidades do pós-parto. As transformações na vida sexual e no desejo não acontecem em todas as mulheres e casais, mas é mais comum do que se imagina e causam preocupações por não se saber que se trata de um momento de transição da vida adulta, e não um bloqueio geral da sexualidade.



Pouco se fala sobre o período de pós-parto do ponto de vista emocional e relacional. Menos ainda é conversado sobre as modificações que podem acontecer na sexualidade. Muitas mulheres se sentem sozinhas, com receio de não retomar mais ao desejo que sentiam antes e com medo de que esta fase possa atrapalhar a relação conjugal.  



No período do pós-parto a mulher passa por alterações hormonais importantes. Ela está em fase de amamentação, aprendendo a lidar  com seu bebê, geralmente dormindo pouco e se recuperando da gestação e do parto. Tudo isso ainda somado à sua adaptação pessoal em relação à maternidade, em que revê suas prioridades, as relações familiares e os papeis profissionais.  Em resumo, são muitas mudanças físicas, emocionais e familiares ao mesmo tempo. A sexualidade está incluída neste contexto. 

O foco se torna o bebê. E é preciso que aconteça desta forma para que a mãe possa estar conectada e aprenda a identificar as necessidades do pequeno ser, que não sabe se comunicar com palavras.



Nada disso quer dizer que o pai precise se afastar e ficar de fora desta relação.  Ao contrário, é fundamental sua participação para que a mulher tenha tranqüilidade para passar por este período de tantas exigências maternas. O companheirismo nos cuidados com o bebê e com a casa, bem como a atenção especial ao conforto físico e emocional da mulher ajudam muito a manter a sintonia do casal. Mesmo que o desejo esteja alterado e disputando lugar com o sono e muitas atividades diárias, o diálogo e a presença ativa do homem colabora no retorno à vida sexual.

Podemos imaginar uma retomada do namoro, com conversas, assistir a um filme, lembrar de ter contato físico com abraços, beijos, carinhos, enfim, aproveitar e valorizar cada pequeno momento que o casal esteja junto. E não esperar que o desejo, de repente, invada o quarto. Mas que venha aos poucos, de outras formas. Lembrando sempre que este é um momento transitório, de novas descobertas e da possibilidade de se redesenhar a sexualidade conjugal.

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